Número de profissionais no setor e busca pelo curso de vigilante
aumentou em Lages, que possui centro deformação na área
O número de profissionais na área da segurança cresce cada vez mais
em Lages. De acordo com o sindicato da categoria, há atualmente
600vigilantes eseguranças. Em relação ao ano passado o número de
profissionais na área aumentou em torno de 30%. Mensalmente,
o centro deformaçãoFera, recebe cerca de 40 pessoas, de várias cidades
do Estado, em busca deformação em Lages.
No Estado são apenas seis centros deformação de profissionais
na área de segurança. A empresária daFera e Empresa Catarinense de
Segurança (ECS), Neide Catarina Turra, considera que o número
pequeno de empresas mostra como este tipo de empreendimento
possui várias exigências para ser criado.
A empresa oferececursos de vigilante, transporte de valores, escolta
armada e segurança pessoal privada. Em torno de 80% dosvigilantes
formados na empresa conseguem trabalho na área. Uma mudança
na portaria 387/2006, que disciplina as atividades de segurança,
determinou este mês, um curso de especialização para osvigilantes
que quiserem trabalhar em grandes eventos. “A portaria define como
grande evento, o evento com mais de mil pessoas”.
No último ano, a venda do número de equipamentos de vigilância
eletrônica como os alarmes e câmeras de videomonitoramento,
aumentaram, aproximadamente, 40% na empresa ECS.
Porém, segundo a empresária, os números poderiam ser maiores.
“As pessoas buscam proteção depois que algo aconteceu.
É preciso buscar a prevenção”, comenta.
Especialistas da área afirmam falta de segurança pública
O professor de Sociologia Geral e Jurídica, e de Mestrado de Gestão
de Políticas Públicas, da Univali, Eduardo Guerini, afirma que a carência
estrutural na área de segurança pública, garantiu o surgimento de
um mercado potencial na área desegurança privada.
“Basta ver que em Sistema de Indicadores de Percepção Social
(Sips/Ipea, 2012) destaca-se a questão de sensação de insegurança
descrito pela população brasileira, expressando o grau de medo
em relação à vitimização produzida por algum violência”, aponta.
Dados do Sips demonstram que a região Sul é que apresenta o
menor índice de sensação de insegurança no país. No Estado,
o índice chega a 42,2 %; no Brasil, o número passa para 62,3%.
Eribelto Alves possui a empresa de vigilância eletrônica Avesp e
trabalha há 17 anos no setor em Lages. Ele acredita que vários
fatores fizeram crescer a área dasegurança privada no município.
“A criminalidade está sempre aumentando no mundo todo,
o crime está muito organizado. Mas, se medirmos asegurança
privada e pública, veremos que a falta de segurança pública faz
a privada crescer cada vez mais”, ressalta.
O empresário explica que até a década de 90, havia somentevigilantes,
nasegurança privada. “Depois disso, houve uma agregação de valor,
porque surgiram os alarmes. A tecnologia é mais acessível,
custa menos do que um vigilante”, conta.
Polícia diz que asseguranças se harmonizam
O tenente-coronel da Polícia Militar, Adilson Moreira, comandante
do 6º BPM, em Lages, acredita que o crescimento dasegurança
privada está relacionado ao maior poder aquisitivo da população.
Para ele, um dia asegurança privada vai assumir boa parte
dos trabalhos da segurança pública. “Mas totalmente não, porque
nosso conceito de Estado não define desta forma”, esclarece.
Moreira diz que a segurança pública e privada vivem em harmonia.
“Se há um estabelecimento arrombado é preciso da segurança pública
para investigar os criminosos. A segurança que a polícia faz é
generalizada, não particularizada como a privada. São trabalhos
diferentes, mas que se harmonizam”.
O tenente-coronel acredita que o crescimento dasegurança privada
também é devido ao aumento de crimes nas cidades do interior.
“As pessoas e os empresários querem se proteger cada vez mais.
Mesmo que não haja necessidade, elas querem ter a sensação de
segurança. E isso nos ajuda na elucidação dos crimes”, finaliza.
Fonte: Correio Lageano
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