domingo, 16 de dezembro de 2012

SEGURANÇA PRIVADA CRESCE CADA VEZ MAIS
Número de profissionais no setor e busca pelo curso de vigilante 
aumentou em Lages, que possui centro deformação na área


O número de profissionais na área da segurança cresce cada vez mais 

em Lages. De acordo com o sindicato da categoria, há atualmente 
600vigilantes eseguranças. Em relação ao ano passado o número de 
profissionais na área aumentou em torno de 30%. Mensalmente, 
o centro deformaçãoFera, recebe cerca de 40 pessoas, de várias cidades 

do Estado, em busca deformação em Lages.


No Estado são apenas seis centros deformação de profissionais 

na área de segurança. A empresária daFera e Empresa Catarinense de 
Segurança (ECS), Neide Catarina Turra, considera que o número 
pequeno de empresas mostra como este tipo de empreendimento 
possui várias exigências para ser criado.


A empresa oferececursos de vigilante, transporte de valores, escolta 

armada e segurança pessoal privada. Em torno de 80% dosvigilantes 
formados na empresa conseguem trabalho na área. Uma mudança 
na portaria 387/2006, que disciplina as atividades de segurança, 
determinou este mês, um curso de especialização para osvigilantes 
que quiserem trabalhar em grandes eventos. “A portaria define como 
grande evento, o evento com mais de mil pessoas”.


No último ano, a venda do número de equipamentos de vigilância 

eletrônica como os alarmes e câmeras de videomonitoramento, 
aumentaram, aproximadamente, 40% na empresa ECS.

Porém, segundo a empresária, os números poderiam ser maiores. 

“As pessoas buscam proteção depois que algo aconteceu. 

É preciso buscar a prevenção”, comenta.


Especialistas da área afirmam falta de segurança pública

O professor de Sociologia Geral e Jurídica, e de Mestrado de Gestão 

de Políticas Públicas, da Univali, Eduardo Guerini, afirma que a carência 
estrutural na área de segurança pública, garantiu o surgimento de 
um mercado potencial na área desegurança privada.


“Basta ver que em Sistema de Indicadores de Percepção Social 

(Sips/Ipea, 2012) destaca-se a questão de sensação de insegurança 
descrito pela população brasileira, expressando o grau de medo 
em relação à vitimização produzida por algum violência”, aponta.


Dados do Sips demonstram que a região Sul é que apresenta o

 menor índice de sensação de insegurança no país. No Estado, 


o índice chega a 42,2 %; no Brasil, o número passa para 62,3%.


Eribelto Alves possui a empresa de vigilância eletrônica Avesp e

trabalha há 17 anos no setor em Lages. Ele acredita que vários 
fatores fizeram crescer a área dasegurança privada no município. 
“A criminalidade está sempre aumentando no mundo todo, 
o crime está muito organizado. Mas, se medirmos asegurança 
privada e pública, veremos que a falta de segurança pública faz 
a privada crescer cada vez mais”, ressalta.


O empresário explica que até a década de 90, havia somentevigilantes, 

nasegurança privada. “Depois disso, houve uma agregação de valor, 
porque surgiram os alarmes. A tecnologia é mais acessível, 

custa menos do que um vigilante”, conta.


Polícia diz que asseguranças se harmonizam

O tenente-coronel da Polícia Militar, Adilson Moreira, comandante 

do 6º BPM, em Lages, acredita que o crescimento dasegurança 
privada está relacionado ao maior poder aquisitivo da população. 
Para ele, um dia asegurança privada vai assumir boa parte 
dos trabalhos da segurança pública. “Mas totalmente não, porque 

nosso conceito de Estado não define desta forma”, esclarece.


Moreira diz que a segurança pública e privada vivem em harmonia. 

“Se há um estabelecimento arrombado é preciso da segurança pública 
para investigar os criminosos. A segurança que a polícia faz é 
generalizada, não particularizada como a privada. São trabalhos 
diferentes, mas que se harmonizam”.


O tenente-coronel acredita que o crescimento dasegurança privada 

também é devido ao aumento de crimes nas cidades do interior. 
“As pessoas e os empresários querem se proteger cada vez mais.
 Mesmo que não haja necessidade, elas querem ter a sensação de 
segurança. E isso nos ajuda na elucidação dos crimes”, finaliza.
Fonte: Correio Lageano

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