terça-feira, 27 de agosto de 2013

GP SEGURANÇA E VIGILÂNCIA 


Caros Companheiros (a), a OPOSIÇÃO não tem nenhum compromisso com os patrões,  menos ainda elogia-los, nosso compromisso e com a classe trabalhadora  buscando junto aos trabalhadores combater as praticas de abusos e os assedio moral no ambiente de trabalho, lutando por melhores condições de trabalho  e um salario digno para  categoria.

A matéria a seguir tem como objetivo levar ao conhecimento dos trabalhadores o quanto as empresas tem lucrado as custas de seus colaboradores os quais ganham um salario de miséria, em quanto os patrão tem lucros de forma estrondosa  e absurda.

Se a matéria  apresenta um patrimônio tão absurdo o porque até agora ela não pagou a participação de lucro e resultado PLR ou seja o programa de participação e resultado - PPR. 

LUCRO  

Aposta em sistemas eletrônicos de vigilância turbina o crescimento da GP em um setor estagnado

"José Jacobson Neto, diretor da GP, uma das maiores empresas de segurança privada do país, tem uma questão imobiliária para resolver. As quatro casas que a Guarda Patrimonial ocupa em um vasto quarteirão da Avenida Nove de Julho, em São Paulo, não comportarão por muito mais tempo o batalhão de vigilantes e pessoal de apoio da companhia – que tem crescido em progressão geométrica. Jacobson planeja uma mudança para um prédio de bom tamanho, antes que a falta de espaço vire um gargalo para a expansão da empresa. Há dois anos, havia 4,3 mil homens sob seu comando, gerando um faturamento da ordem de R$ 7,5 milhões. Hoje, com 8,5 mil profissionais contratados, a receita chega a R$ 17,5 milhões. Detalhe: o salto da GP é exceção e não regra. O setor de segurança patrimonial – que tem 1.300 empresas registradas e emprega 500 mil vigilantes no Brasil – não tem crescido neste ritmo. O faturamento somado da categoria girou em torno de R$ 8,2 bilhões no ano passado, superando apenas marginalmente o resultado de 2003 (R$ 7,8 bilhões). A diferença entre o ritmo acelerado da GP e o passo lento da concorrência tem, no entanto, uma boa explicação. A empresa paulista, de capital nacional, tem aumentado decididamente a participação dos sistemas eletrônicos de vigilância em seus negócios – e este segmento do mercado, sim, tem crescido de 10% a 15% ao ano. “O que nós vendemos é segurança privada inteligente”, define Jacobson. Isto significa um mix de vigilantes e sistemas eletrônicos, que acaba saindo mais barato, já que o custo da mão-de-obra (com até 80% de encargos sociais e 22% de tributos) é o que mais pesa nos pacotes de segurança.

Da carteira de clientes da GP, 30% são bancos, 50% indústrias e empresas de comércio e 20% condomínios, shopping centers, hospitais e universidades. Há ali pesos-pesados das telecomunicações, como Vivo, Telemar, Oi e TIM; universidades, como FMU e Unicid; lojas de grife, como Bulgari e Cartier, e uma lista de bancos que inclui Bradesco, ABN, Safra, Itaú, Santander e Nossa Caixa. A crescente onda de assaltos a condomínios de alto padrão em São Paulo tem gerado páginas de notícias assustadoras nos jornais, mas nada que se pareça com um boom de negócios. “A procura cresce, mas não na proporção que gostaríamos”, diz Jacobson, que também é presidente do Sesvesp, o sindicato da categoria em São Paulo. A maioria dos edifícios, segundo ele, ainda confia a segurança a porteiros não treinados ou PMs trabalhando clandestinamente. O que mais cresceu neste ano foi a procura por serviços de segurança pessoal: cerca de 10% em relação a 2004.

A GP tem 35 anos de mercado e atua nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná. Está entre as 10 primeiras empresas do ranking do setor – que, apesar de pulverizado, é dominado pelas 20 maiores companhias do ramo, como Estrela Azul (que tem 10 mil vigilantes) e Pires (9 mil homens). Seu maior nicho de atuação é a segurança patrimonial intramuros, responsável por 85% dos negócios. E é aí que a tecnologia faz diferença. Está em voga, por exemplo, um esquema de transmissão de imagens em tempo real que permite a um empresário em viagem de negócios monitorar o sistema de segurança de sua casa na tela de seu notebook. Do lado do controle de acesso, já há pacotes com equipamentos de leitura de impressões digitais, da palma da mão e até da íris, embora esta última ainda seja proibitivamente cara.
Jacobson reconhece que o aumento da criminalidade nas grandes cidades brasileiras é um tipo de propaganda involuntária (e desconfortável) para seu negócio. “Só que a segurança privada não cresce na mesma proporção que a criminalidade”, adverte. Os Estados Unidos têm 2 milhões de policiais nas ruas e 6 milhões de seguranças particulares. No Brasil, há 500 mil policiais e apenas 500 mil vigilantes privados. “É mais uma questão de cultura e de renda do que de estatísticas de crimes".

Por Por alexandre teixeira
http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/6786_LUCRO+COM+SEGURANCA

domingo, 25 de agosto de 2013

CAMPANHA SALARIAL 2013 - 2014 DOS VIGILANTES DE SÃO PAULO



Em reunião realizada com a coordenação de oposição no dia 24 de agosto de 2013, foi aprovado por unanimidade que, se o sindicato não convocar a categoria para assembleia, para que seja discutida a campanha salarial 2013/2014 até a primeira quinzena de novembro, a oposição convocará a base para MOBILIZAÇÃO/PROTESTO em frente a sede do sindicato para segunda quinzena de outubro e a primeira quinzena de novembro, exigindo o fim dos acordos pelegos e a realização de assembleia com a categoria.

COORDENAÇÃO DE OPOSIÇÃO














DAMIÃO VIGILANTE
Presidente.

sábado, 24 de agosto de 2013

G4S DO GRUPO VANGURADA SEGURANÇA DEIXA DUVIDA!

Empresa de segurança de Londres-2012 desiste de Copa de 2014

A britânica G4S não conseguiu cobrir todos os postos de segurança requeridos

Éxército britânico auxiliará na seguranca dos Jogos Olímpicos (crédito: EFE)
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postado em 17/07/2012 13:27 h
Após o fiasco na organização da segurança dos Jogos Olímpicos de Londres, a empresa G4S anunciou nesta terça-feira (17) que desistiu de concorrer aos contratos dos dois próximos grandes esportivos mundiais: a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos de 2016, ambos no Brasil.

Diante de uma comissão do Parlamento britânico que fiscaliza a segurança olímpica, o executivo-chefe da empresa, Nick Buckles, se disse envergonhado por não ter conseguido cobrir todos os postos de segurança requeridos e reiterou suas desculpas, mas se negou a renunciar ao cargo.

A dez dias do início dos Jogos, a britânica G4S, que caiu 15% na bolsa em menos de uma semana, espera disponibilizar ao máximo 7 mil guardas particulares durante os Jogos Olímpicos, enquanto o Governo considerava necessários 10,4 mil para garantir a segurança nos locais pelos quais os atletas passarão.

Para proteger esses locais, o Exército britânico colocará em ação 3,5 mil soldados adicionais, que se juntarão aos 13,5 mil que já estavam mobilizados, um contingente extra que será totalmente custeado pela G4S.

"Estamos arrependidos de ter assinado este contrato, mas agora é preciso seguir adiante. Não era especialmente lucrativo. Ironicamente, pensamos que serviria para que a empresa ganhasse reputação", explicou o diretor aos deputados.

O acordo representaria para a empresa um lucro de 10 milhões de libras (R$ 31,7 milhões de euros). Por outro lado, haverá segundo Buckles um forte impacto econômico, com perdas próximas a 50 milhões de libras (R$ 158,7 milhões de euros), cerca de 10% de seus lucros anuais.

Dada a experiência com os Jogos de Londres, o diretor revelou que a G4S decidiu na última semana não se apresentar ao concurso para tramitar a segurança na próxima edição do evento, no Rio de Janeiro, nem para o Mundial de 2014, em 12 cidades brasileiras.

Apesar da falta de efetivos de segurança particular em Londres-2012, o presidente do Comitê Organizador Local (Locog), Sebastian Coe, garantiu que o plano olímpico não será afetado, já que todos os espaços vagos serão cobertos com soldados ou policiais.

"O Exército agora está muito mais envolvido (na segurança olímpica), e confiamos que seremos capazes de organizar Jogos seguros", salientou em comunicado a Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron.

Em dezembro de 2010, a G4S assinou um primeiro contrato para treinar a 2 mil agentes de segurança particular, um acordo que depois foi ampliado. Em 2012, começou os cursos de formação para 20 mil das cerca de 110 mil pessoas que apresentaram uma solicitação para trabalhar nos Jogos.

Vários meses depois dos cursos, no entanto, muitos dos selecionados não se apresentaram em seus postos de trabalho, devido a que nesse prazo encontraram outro emprego ou simplesmente perderam o interesse pela vaga, reconheceu Buckles.

"Fomos atrás de pessoas desempregadas, estudantes e gente que buscasse trabalho durante as férias", expôs o diretor, que informou que seus agentes cobrarão 8,50 libras a hora (R$ 27) por hora durante a Olimpíada.

Para o deputado Alun Michael, o problema é que a maioria das pessoas que foram formadas não tinha assinado um contrato nem começariam a cobrar até o início dos Jogos.

"A maioria não sabia se tinha ou não trabalho. Eles deveriam ter recebido um mínimo, e deveria ter sido dito a eles que teriam que devolver o custo dos dias de formação e dos uniformes", considerou o deputado.

G4S E A COPA DE 2014 – Líder mundial de segurança quer investir R$ 1 bi no Brasil

Executivo Hélio Ferraz.
“A G4S, empresa que fará a segurança da Olimpíada de Londres em 2012, encontrou uma porta de entrada no mercado brasileiro. Após a aquisição de duas empresas de tecnologia em 2010 – a Plantech e a Instalarme – a G4S trouxe sua marca ao Brasil neste ano. A companhia vai atuar no País no setor de sistemas e automação, já que a legislação brasileira restringe empresas de segurança com capital estrangeiro.
A restrição legal impede que a G4S contrate seguranças armados para fazer a guarda de uma empresa ou um evento, por exemplo. Assim, o grupo não poderá oferecer no Brasil a segurança total da Copa e da Olimpíada, no mesmo molde do serviço que fará em Londres. A G4S terá o maior efetivo do setor privado nos jogos de 2012, com 30 mil trabalhadores.
O setor de segurança é um grande empregador. A G4S é a segunda colocada no ranking de empresas privadas com mais trabalhadores, com 625 mil funcionários, atrás apenas do Walmart. No Brasil, a G4S não deve despontar nessa lista, já que não poderá contratar seguranças privados, a maior parte do seu contingente no exterior. Hoje, ela tem 900 funcionários no País.
O foco do grupo no Brasil será fornecer sistemas de automação para projetos de aeroportos, metrôs, estádios, hospitais, hotéis e para as estações do trem-bala. Segundo o presidente da companhia, Hélio Ferraz, a empresa pretende oferecer proposta para 150 projetos relacionados à Copa e a Olimpíada. Um levantamento da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) a partir de dados das prefeituras das cidades-sede da Copa estima que 800 projetos serão desenvolvidos no País. “Queremos os maiores contratos”, diz.
Neste ano, a empresa ganhou a licitação da Infraero para fornecer um software para monitorar o fluxo de pessoas em 32 aeroportos. O contrato é de R$ 4,9 milhões. A Plantech, adquirida pela companhia, foi a responsável pelo monitoramento das estações da linha amarela do metrô de São Paulo, sistema que já está sendo oferecido na Europa pela G4S.
No Brasil, o grande trunfo da companhia para disputar os contratos é o aporte de capital próprio nos projetos. Hoje, as empresas do setor, em geral, apenas fornecem os sistemas a construtoras responsáveis pelos projetos. “Temos recursos próprios para financiar as obras e queremos também ser sócios dos consórcios”, diz Ferraz.
A previsão de investimentos nos próximos cinco anos no Brasil é acima de R$ 1 bilhão, mais do que oito vezes a soma do faturamento da Plantech e da Instalarme em 2010, de R$ 120 milhões. Os recursos são do caixa da empresa.”
(iG)

sexta-feira, 23 de agosto de 2013


 REJEIÇÃO CRESCE CONTRA O SINDICATO DOS VIGILANTES DE SÃO PAULO O PEDRINHO ENTRA EM DESESPERO.

Após dar tiro no próprio pé e aplicar golpe esmagador contra os vigilantes, o sindicato dos vigilantes de São Paulo em um ato de desespero tenta reparar a burrada que fez ao assinar acordo que parcela os 12% que faltava para completar os 30% da periculosidade em tres vezes de 4%, com inicio para o pagamento em janeiro de 2014, finalizando em janeiro de 2016. A participação do PEDRINHO, vice presidente financeiro do SEEVISSP,  e presidente da federação dos vigilantes na reunião do Grupo de Trabalho Tripartite (GTT) realizada no dia 13 de agosto, no Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador, no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a bancada dos trabalhadores, NÃO PASSAR DE UMA FARSA, pois esta atual diretoria nunca teve o compromisso de defender o trabalhador, o fato de o sindicato não ter convocado os vigilantes para discutir o assunto, e uma demonstração da falta de respeito para com os companheiros, pois eles senta-se parar negociar apenas com os patrão.

OPOSIÇÃO NELES COMPANHEIROS!

VEJA O TEXTO DESCARADO QUE ELES PUBLICARAM NO SITE DO SINDICATO.

NOTÍCIAS | SINDICATO
  
SEX, 23 DE AGOSTO DE 2013

Patrões seguem irredutíveis e não há 

acordo sobre regulamentação 

da Lei 12.740

Grupo de Trabalho Tripartite (GTT) tem se reunido para discutir a                                                 regulamentação da Lei 12.740/2012

Segue sem acordo o debate sobre a Norma Regulamentadora (NR) nº 16. O debate para a criação do texto para regulamentar a Lei 12.740/2012 continua empacado na questão principal, que é a insistência dos patrões em excluir os vigilantes desarmados. Além disso, insistem em defender a perícia e a exclusão de alguns segmentos, como gestores de ensino e monitoramento eletrônico, além do parcelamento em três vezes do restante dos 30% nos estados que ainda não conseguiram o valor total.Durante a reunião do Grupo de Trabalho Tripartite (GTT) realizado nesta terça-feira, 13 de agosto, no Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador, no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a bancada dos trabalhadores, coordenada pelo presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura, condenou a insistência dos patrões em excluir trabalhadores. Eles rechaçaram ainda a proposta de retirar direitos de quem atua sem armas, bem como a necessidade de perícia e o parcelamento do pagamento. “Não há amparo na lei para isso. Os empresários querem ir contra as convenções que eles mesmos assinaram e assumiram que existe risco no exercício da profissão de vigilante”, declarou Boaventura.Nova reunião ficou agendada para o dia três de setembro, às 10h. Até lá, é fundamental que a categoria permaneça unida e cobrando posicionamento do MTE contra os absurdos propostos pelos patrões.Participam da bancada representantes de trabalhadores indicados por quatro centrais sindicais. Pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), José Boaventura e Ademir Wiederkehr, secretário de Imprensa da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (ContrafCUT); pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), Adriano Linhares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis; pela Nova Central (NCST), Fernando Bandeira, presidente da Federação dos Vigilantes no Estado do Rio de Janeiro; e pela Força Sindical, Pedro Araújo, presidente da Federação dos Vigilantes do Estado de São Paulo.
Fonte: CNTV

Clique neste link -   http://www.seevissp.org.br/noticia.php?not=188


VEJA A ATA DO ACORDO 






terça-feira, 20 de agosto de 2013

PROPOSTA DA OPOSIÇÃO AO SINDICATO 

DOS VIGILANTES DE SÃO PAULO





1 - ORGANIZAÇÃO DE BASE

2 - SALARIO DIGNO PARA CATEGORIA

3 - CESTA BÁSICA PARA CATEGORIA SEM PERDA DO VALE REFEIÇÃO

4 - CRIAR JUNTO AO SISTEMA HABITACIONAL LINHA DE CREDITO COMPATÍVEL COM SALARIO DA CATEGORIA PARA COMPRA DA CASA PRÓPRIA.

5 - ATENDIMENTO COM DIGNIDADE PARA TODOS OS VIGILANTES SEJA ELE SÓCIO OU NÃO.

6 - PARTICIPAÇÃO ATIVA DE TODOS OS VIGILANTES NAS DECISÕES DO SINDICATO..........


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

TRIBUNAL ARBITRAL E CRIME CONTRA O TRABALHADOR






ETERNIT PODE SER CONDENADA A PAGAR R$:1 BILHÃO
Ação deve gerar o maior processo trabalhista do Brasil
19/08/2013 - 11h08
Fonte: Informações da Assessoria de Comunicação da PGT
Brasília – A Eternit S.A. pode ser condenada a pagar R$ 1 bilhão por dano moral coletivo. Este é um dos principais pedidos da ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) contra a empresa, responsável pelo número de ex-trabalhadores da fábrica de Osasco (SP) que morreram ou sofrem graves doenças respiratórias e câncer de pulmão. São vítimas contaminadas por exposição prolongada ao amianto, mineral utilizado para fabricar telhas e caixas d’água.
A ação pede, ainda, em caráter de antecipação de tutela, que a Eternit assuma os procedimentos de exames e tratamentos médicos. De acordo com o MPT, a empresa manteve a planta industrial de Osasco funcionando por 52 anos, mesmo sabendo das trágicas consequências no uso do amianto e que abrangeu mais de 10 mil trabalhadores. Como se trata de um pedido de condena ão em prol da coletividade, o valor de R$ 1 bilhão dever ser destinado a instituições públicas que atuam com sa úde e segurança do trabalho ou ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Numa amostra de mil ex-trabalhadores da Eternit em Osasco, avaliados pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Medicina e Segurança do Trabalho (Fundacentro), quase 300 adoeceram por contaminação. Destes, 90 morreram entre 2000 e 2013. Mas o número pode ser muito maior, já que a Eternit ocultou ou dificultou a ocorrência de in úmeros registros.
As placas pleurais são as doenças mais frequentemente encontradas nesses trabalhadores, associadas ou não a outras patologias relacionadas ao amianto. A asbestose, conhecida como “pulmão de pedra”, é uma dessas patologias. Progressivamente, destrói a capacidade do órgão de contrair e expandir, impedindo o paciente de respirar. Normalmente, a asbestose se manifesta décadas após a contaminação, num intervalo de 10 anos, 20 anos ou até 30 anos. Primeiro, vem uma inflamação cont ínua, que vai piorando com o tempo até se configurar em câncer. Não por acaso é grande o números de pessoas que adoeceram quando já não mais trabalhavam na Eternit.
Asbestose – Um dos casos descritos na ação civil pública é o do aposentado Doracy Magion, de 72 anos, que sofre de asbestose por ter trabalhado na fábrica de Osasco por 19 anos. Ele diz ter perdido a conta dos colegas de Osasco que morreram da mesma doença. Restaram apenas fotos pra colecionar. “Dentro da fábrica, o pó de amianto estava em todos os lugares. Do lado de fora, o chão era revestido com cascalho e retalhos de fibra. As pessoas pisavam ali e levavam a poeira para suas casas.”
A ação que o MPT move contra a Eternit pode desencadear no maior caso da Justiça do Trabalho no Brasil. Maior até do que o caso Shell/Basf, cujo acordo judicial ultrapassa R$ 600 milhões, dos quais cerca de R$ 400 milhões são referentes a danos morais e materiais individuais, além dos R$ 200 milh ões por dano moral coletivo. As indenizações foram motivadas em consequência do desastre de uma fábrica de pesticidas da Shell/Basf em Paulínia (SP), que matou 62 trabalhadores e afetou a vida de mais de mil pessoas.
Inaugurada em agosto de 1941, a fábrica de Osasco foi desativada em 1993. A Eternit, no entanto, ainda mantém diversas fábricas em funcionamento em quase todas as regiões do pa s, como nas cidades de Colombo (PR), do Rio de Janeiro, de Simões Filho (BA) e em dois municípios de Goiás, Goiânia e Mina u, onde funciona a única mina de extração de amianto em atividade do país.
Valores – Para o coordenador nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho (Codemat), procurador do Trabalho Philippe Gomes Jardim, o valor da condenação não só é razoável para a dimensão dos acidentes, como também é plenamente viável de ser executado. “A Eternit lucra R$ 100 milhões em média ao ano. Explorou Osasco por cinco d cadas e mantém diversas fábricas em atividade. Sem falar que a empresa não fornece adequado acompanhamento médico aos seus ex-empregados.”
É neste sentido que, além do valor por dano moral coletivo, a ação civil pública do MPT pede que a Eternit seja condenada a proceder numa série de medidas de cuidado à sa de dos ex-trabalhadores de Osasco. A primeira delas é a de que a empresa seja obrigada a promover periodicamente exames médicos de controle de todos os ex-empregados de até 30 anos após o encerramento das suas atividades, sob pena de multa de R$ 50 mil por descumprimento em relação a cada ex-empregado.
O segundo pedido da ação que a Eternit amplie o rol de exames médicos de controle de todos os ex-empregados, a exemplo de neoplasia maligna do estômago e da laringe e mesotelioma de peritônio e pericárdio. A multa também é de R$ 50 mil por descumprimento para cada ex-empregado.
Divulga ção – O MPT também pede que a empresa custeie despesas com assistência integral de atendimentos, procedimentos médicos, nutricionais, psicológicos, fisioterapêuticos, terapêuticos, internações e medicamentos para todos os ex-empregados que não estejam inscritos a um plano de saúde. O n o cumprimento desta medida vai gerar uma multa bem maior, de R$ 500 mil por descumprimento para cada ex-empregado.
O quarto pedido de condenaç o é que a Eternit divulgue em emissoras de TV de maior audiência em horário nobre e nos jornais impressos de maior circulaç ão a convocação para realizar exames médicos por um período de 30 anos. A ação discrimina as especificaç es quanto a tempo de inserção e o espaço de anúncio. O não cumprimento da medida vai gerar multa de R$ 100 mil por dia de atraso, com relação a anúncio em TV, e de mais R$ 100 mil com relação a jornais impressos. A divulgação deve relacionar que se trata de condenação judicial em ação civil pública ajuizada pelo MPT contra a Eternit.
A Eternit ainda pode ser condenada a custear as despesas de deslocamento e hospedagem de todos os ex-empregados que residem a mais de 100 km do local dos serviços médicos, sob pena de multa R$ 50 mil por descumprimento por ex-empregado.
Execução  O descaso da Eternit com relação ao tratamento dos empregados e na ocultação de dados é motivo de outra ação do MPT. Trata-se da aç ão de execução pelo descumprimento do termo de ajustamento de conduta que a empresa assinou em março de 2009, com o compromisso de emitir comunicado de acidente de trabalho (CAT) de todos os ex-empregados com suspeita ou diagnóstico de doença de trabalho relacionada ao amianto.
O MPT reuniu na ação de execução dez casos comprovados judicialmente como amostragem de que a Eternit estava descumprindo o acordo e requer que seja condenada a pagar R$ 1,6 milhão. O texto da ação relata casos de trabalhadores que sofreram abusos da empresa com relação a seus direitos, a exemplo do servente e pintor Nelson de Oliveira, que trabalhou de 1970 a 1992, isto é, exposto ao amianto por 22 anos.
Na UTI – Contaminado, Nelson adquiriu mesotelioma, uma forma rara de tumor maligno por causa do amianto e morreu no dia 5 de março de 2005. O texto da ação de execu ão cita dados de uma reportagem de revista de circulação nacional sobre o caso, destacando que um mês antes de sua morte dois representantes da Eternit e o funcionário de um cartório fecharam acordo com Nelson no leito da UTI.
Em situação quase terminal de saúde e a família em situação de desespero, o trabalhador assinou acordo extrajudicial no valor de R$ 24,4 mil, pois a Eternit condicionou o tratamento médico à assinatura do acordo, datado de 4 de fevereiro de 2005. Além disso, Nelson teria de renunciar a qualquer outro tipo de direito e a homologação judicial coube unilateralmente à Eternit.
A 3ª Vara do Trabalho de Osasco declarou nulo o acordo e condenou a Eternit a pagar R$ 360 mil por danos materiais e morais. Mas a Eternit nunca emitiu comunicado de acidente de trabalho no caso do pintor Nelson de Oliveira, assim como não o fez com centenas de outros casos.
Julgamento – A ação civil pública e a ação de execução são resultados do grupo de trabalho especial sobre amianto, criado pelo MPT em junho de 2013 para enfrentar a gravidade e a complexidade do tema. O grupo é composto pelos procuradores do Trabalho Philippe Gomes Jardim, Luciano Leivas, Juliana Massarente, Rodrigo Rafael de Alencar e o médico Marcos de Oliveira Sabino.
A ação tramita na 9ª Vara do Trabalho de São Paulo e ainda não há previsão sobre o julgamento do dano moral coletivo no valor de R$ 1 bilhão. Quanto aos demais pedidos da aç o civil pública, no entanto, a expectativa é de que a justi ça ordene a Eternit a assumir todo o tratamento médico já nas próximas semanas.

FONTE:Ministério Público do Trabalho em São Paulo / 2ª Região
Rua Cubatão, 322 - Paraíso - São Paulo/SP - CEP 04013-001 - Fone (11) 3246-7000


PREFEITO DE FLORIANÓPOLIS BARRA CONTRATAÇÃO DE MÉDICOS ESTRANGEIROS SEM O RECONHECIMENTO DO DIPLOMA POR INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS. 

PARABÉNS PREFEITO DE FLORIANÓPOLIS E QUE SEU EXEMPLO SEJA SEGUIDO EM TODAS AS PREFEITURAS DO BRASIL. O SR. HONROU SEU PAÍS!!!

NOTÍCIA DE LAVAR A ALMA!

Um ato simples do prefeito que destrói toda a pretensão da comunista Dilma de importar terroristas de Cuba.

FLORIANÓPOLIS

DECRETO N. 11. 945, de 02 de agosto de 2013. DISPÕE SOBRE A CONTRATAÇÃO OU ATUAÇÃO DE PROFISSIONAL MÉDICO COM DIPLOMA DE GRADUAÇÃO EXPEDIDO POR UNIVERSIDADES ESTRANGEIRAS, NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL.

O PREFEITO MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS, no uso de suas atribuições legais que lhe são conferidas pelo inciso III do art. 74, da Lei Orgânica do Município e em conformidade com a Medida Provisória n. 621, de 8 de julho de 2013 e, ainda, com a Lei Federal n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) CONSIDERANDO que os diplomas de graduação expedidos por universidades estrangeiras deverão ser revalidados por universidades públicas que tenham curso do mesmo nível e área ou equivalente, respeitando-se os acordos internacionais de reciprocidade ou equiparação, conforme preconiza o § 8º do art. 48, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional. DECRETA: Art. 1º Fica a Secretaria Municipal de Saúde impedida de contratar ou permitir a atuação em função típica, na Administração Pública Municipal, de profissional médico com diploma de graduação emitido por Universidades estrangeiras, sem a posterior revalidação de seu diploma por Universidades Públicas brasileiras, conforme estabelece a Lei Federal n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Florianópolis, aos 02 de agosto de 2013.

CESAR SOUZA JUNIOR - PREFEITO MUNICIPAL

JULIO CESAR MARCELLINO JR. - PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO

ERON GIORDANI - SECRETÁRIO MUNICIPAL DA CASA CIVIL.

Está atitude Patriótica do prefeito de Florianópolis honra seu compromisso com o eleitor. Temos a obrigação de fazer com que este decreto chegue a todos os municípios brasileiros, para que o eleitor vá para as ruas exigir que seus prefeitos assinem este instrumento para resguardar a saúde de seus munícipes. Não podemos permitir que a saúde dos mais humildes seja tratada por profissionais desqualificados.

FONTE: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=411446458963936&set=a.279894335452483.59063.278784302230153&type=1&theater






sábado, 17 de agosto de 2013

SINDICATO DOS VIGILANTES DE SÃO PAULO E PATRONAL NA CONTRA MÃO DOS 30% DA PERICULOSIDADE 



COMPANHEIROS VIGILANTES DE SÃO PAULO CONHEÇAM A CÚPULA QUE COMPÕE A DIRETORIA EXECUTIVA DO SINDICATO DAS EMPRESAS DE SEGURANÇA E VIGILÂNCIA  DE SÃO PAULO, OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEL PELO NÃO PAGAMENTO DOS 30% DA PERICULOSIDADE 

Em um estudo realizado pela OPOSIÇÃO AO SINDICATO DOS VIGILANTES DE SÃO PAULO, concluiu que as empresas que se negam a pagar a pagar os 12% que falta para completar os 30% da periculosidade dos vigilantes,  tem como proprietários  os que fazem parte da cúpula (DIRETORIA) do sindicato patronal e que eles, para não pagar os 12% que falta da periculosidade receberam total apoio do testa de ferro do sindicato dos vigilantes, O PEDRINHO A DESGRAÇA DA CATEGORIA.

OBS: De acordo com as informações em relação as empresa que já estão pagando desde fevereiro o beneficio não constam nesta lista, porque não fazem parte desta CÚPULA  / DIRETORIA.

A relação a seguir consta os nomes dos proprietários e das empresas   que são os principais responsáveis pelo não pagamento dos 30%   da periculosidade dos vigilantes.




As empresas que reconheceram os mérito de seus colaboradores vigilantes e sem pressão tiveram a iniciativa de  efetuarem o pagamento dos 30% fazendo com  que os seus empregados trabalhem cada mais satisfeito entendemos que é uma empresa seria, idona, comprometida com as leis trabalhistas  com seus funcionários e consigo mesma.

 O NOSSOS PARABÉNS..... 

Por:
DAMIÃO VIGILANTE
Presidente do MOVIMENTO DE OPOSIÇÃO AO SINDICATO DOS VIGILANTES DE SÃO PAULO.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013


VIGILANTES TEM DIREITOS A 30% DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE  APROVADO, MAS  É NEGADO .



O sindicato dos Vigilantes de São Paulo sobre o comando do PEDRINHO vice presidente do sindicato e presidente da federação dos vigilantes de São Paulo firmou acordo desonesto com os patrões sobre os 12% que faltava para completar os 30% da periculosidade que foi sancionado pela Presidenta Dilma dia 08 de dezembro de 2012  publicado no DOU em 10 também em dezembro. mas esse direito foi tirado de forma descarada um dos poucos direitos conquistado pela categoria.

"PEDRINHO" ESSE GATO DE ARMAZÉM se apropriou da representação do sindicato para atender e satisfazer a vontade e os interesses dos patrões, provocando e prejudicando a categoria quando assinou acordos bi-anual que tira das empresas a obrigatoriedade resultando no parcelamento dos 12% que faltava para completar os 30% da periculosidade  que foi dividido em três vezes de 4%, com previsão para pagamento em janeiro de 2014 finalizando em janeiro de 2016, o que vai além de um simples acordo, um GOLPE ESMAGADOR contra a categoria. Pois, a única coisa que eles têm para oferecer e colônias de férias e corte de cabelos, mesmo pagando suas mensalidades em dia os vigilantes tem que esperar de três a cinco meses para usufruir. Companheiros não se deixem iludir com essas esmolas, o que precisamos é salário digno que garanta o sustendo de nossa família e honrar nossos compromissos.



Por. DAMIÃO VIGILANTE 
Presidente da OPOSIÇÃO AO SINDICATO DOS VIGILANTES DE SÃO PAULO - ATEVSTESP.




CONVITE PARA REUNIÃO DA OPOSIÇÃO AO SINDICATO DOS VIGILANTES DE SÃO PAULO.



domingo, 11 de agosto de 2013

VIGILANTES DE BRASILIA FECHAM ACORDOS COLETIVO DE TRABALHO 2013 / 2014 - SINDESVDF.

Publicada 10/01/2013

Reunidos em assembleia, no dia 26 de dezembro passado, os vigilantes do DF aceitaram a proposta patronal e fecharam o Acordo Coletivo de Trabalho que vigorará durante 2013.

A proposta, entre outros pontos, prevê um aumento linear de 6,72% (ganho real de 0,70%) mais 15% para complementar os 30% sobre o risco de vida. O vale-alimentação passou para R$ 19,50, o que representa um aumento de mais de 14%.

Na avaliação do secretário de Organização Política Sindical da CUT Brasília, Roberto Miguel de Oliveira, toda a mobilização dos vigilantes garantiu os resultados. "Foi um bom acordo, principalmente porque fechamos os 30% do risco de vida. Mesmo com a lei assinada, há um período para a regulamentação. Nós, de Brasília, receberemos este benefício imediatamente", disse.
Secretaria de Comunicação da CUT Brasília. Foto: Welber Lume

Tabela salárial

Tabela Salarial 2013
       
CATEGORIASALÁRIOH. EXTRADOBRAADIC NOTRISCO / VIDARISCO + SALARIO
VIGILANTE R$ 1.473,08 R$   10,04 R$ 160,70176,77 R$      441,92 R$   1.915,00
VIG B BRASIL R$ 1.973,32 R$   13,45 R$ 215,27236,80 R$      592,00 R$   2.565,32
VIG. B. CENTRAL R$ 2.875,30 R$   19,60 R$ 313,67345,04 R$      862,59 R$   3.737,89
AGENTE PESSOAL R$ 2.571,56 R$   17,53 R$ 280,53308,59 R$      771,47 R$   3.343,03
FISCAL SUP. ENC. ASSEMELHADOS R$ 1.766,85 R$   12,05 R$ 192,75212,02 R$      530,06 R$   2.296,91
VIGILANTE MOTORIZADO R$ 1.620,39 R$   11,05 R$ 176,77194,45 R$      486,12 R$   2.106,50
TÍQUETE REFEIÇÃO R$      19,50     
SEGURANÇA DE EVENTOS R$      80,67--- R$        24,20 R$      104,87

http://sindesvdf.com.br/?pg=texto&id=10&nome=Tabela%20sal%E1rial

ASSÉDIO MORAL


Fras-le vai indenizar operário por ameaça de demissão


Um prenseiro demitido pela Fras-le, uma das maiores fornecedoras mundiais de pastilhas e lonas de freio para a indústria automotiva, com sede em Caxias do Sul (RS), receberá R$ 10 mil de indenização por ter sido tratado de forma desleal e abusiva. Conforme acórdão da 6ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (Rio Grande do Sul), a empresa vinha impondo a seus empregados alteração prejudicial de contrato, mediante ameaça de demissão.
A insatisfação dos operários teve início no mês de dezembro de 2008, quando a Fras-le implementou o novo horário de trabalho. Como nem todos gostaram ou aceitaram as mudanças, os chefes teriam dito que ‘‘o funcionário que não estivesse satisfeito poderia imediatamente assinar o seu pedido de demissão”.
A relatora do caso no TRT gaúcho, desembargadora Maria Helena Lisot, ao contrário do entendimento de primeiro grau, se convenceu de que houve ameaça de dispensa como forma de pressionar os operários a assinar o acordo individual com os novos horários, num flagrante excesso do poder diretivo concedido ao empregador.
‘‘A obtenção da assinatura de acordo individual para a alteração de horário de trabalho, sem a devida negociação coletiva e por meio de ameaça, não pode ser considerada como exercício regular de direito’’, advertiu a magistrada. A decisão do colegiado foi tomada na sessão de julgamento do dia 27 de junho. Cabe recurso ao Tribunal Superior do Trabalho.
O caso
O autor trabalhou na empresa de 6 de março de 2006 a 10 de maio de 2010, data em que foi dispensado sem justa causa. No bojo da reclamatória trabalhista ajuizada na 2ª Vara do Trabalho de Caxias do Sul, pediu o reconhecimento de dano moral. Em síntese, alegou que a empresa, no afã de validar a alteração dos intervalos dos turnos de trabalho, pressionou os empregados a assinarem acordos individuais. Os chefes foram muito claros: quem não assinava, estava sujeito à demissão, como foi o seu caso.
Esta conduta, informou na inicial, foi alvo de uma Ação Civil Pública por parte do Ministério Público do Trabalho, que teria comprovado o assédio moral. Sustentou, por fim, que, embora tenha sido contratado para exercer a função de prenseiro, lhe foi exigido que fizesse a limpeza dos banheiros, em flagrante desvio de função. O pedido lhe provocou profunda dor moral.
A empresa sustentou em juízo que a alteração de horário se deu em razão de adequar a concessão dos intervalos à legislação vigente, em atenção às exigências do Ministério Público do Trabalho. Como tal alteração não extrapola o poder de comando patronal, pediu a improcedência da ação, neste aspecto.
A sentençaA juíza do Trabalho substituta Ana Luíza Barros de Oliveira, ao julgar este aspecto da demanda trabalhista, afirmou na sentença que o ato do empregador foi legal e que não ficaram comprovadas as ameaças de demissão em caso de discordância.
Quanto ao fato de ter que limpar banheiros, esclareceu que todos os demais operários estavam sujeitos à tarefa, em sistema de rodízio. Logo, não se tratou de uma obrigação exclusivamente do autor, com o intuito de segregá-lo do grupo. Assim, não houve o alegado dano moral. ‘‘Somente no caso de comprovado exagero, que impusesse ao trabalhador situação de constrangimento, de modo a afetar a sua dignidade, é que se faria necessária a reparação ora pleiteada’’, frisou a magistrada.
TRT reforma entendimento
Na 6ª Turma do TRT-4, a relatora afirmou que há suporte fático para o reconhecimento de assédio moral. Isso porque, embora a empresa tenha o direito de alterar o horário de trabalho dos empregados, não pode lançar mão de meios intimidadores, opressivos ou coercitivos para atingir seus objetivos. Como consequência, o autor deve ser indenizado pelos danos morais decorrentes, na forma prevista nos artigos 186 e 927 do Código Civil.
Maria Helena Lisot citou o depoimento de um preposto da empresa, expresso numa ata de audiência com o Ministério Público do Trabalho, onde confirma pressão para a assinatura dos acordos individuais e demissão dos que não assinaram. Registra o documento: “Confirma os desligamentos havidos, informando que ante a comunicação de que a fábrica vai trabalhar em novos turnos, e não havendo concordância do trabalhador no novo horário noturno nem pedido para quaisquer dos outros dois era perguntado a ele se ia sair ao que o trabalhador respondia que ‘pedir demissão não vou, se quiser me demita’ (fl. 85)’’.
Assim, após pesar as peculiaridade do caso concreto e levando em conta decisão para caso semelhante, decidido contra o mesmo empregador, a desembargadora arbitrou a indenização por dano moral em R$ 10 mil.