segunda-feira, 10 de junho de 2013


EMPRESAS DE SEGURANÇA GRUPO GR E HAGANA, EXPÕE VIGILANTES EM VIA PUBLICA E DIZEM AGIR DE ACORDO COM A LEI AO ACOMPANHA ALUNOS

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09/06/2013 - 01h45

LEANDRO MACHADO
DE SÃO PAULO

Os grupos de segurança privada Haganá e GR negam que vendam serviço de vigilância particular em áreas públicas da cidade de São Paulo, mesmo após diretores das empresas terem relatado à Folha o procedimento.
O Grupo GR afirma que os funcionários que atuam fora dos prédios são vigias ou observadores e, por isso, não descumprem a lei.
Os seguranças não têm poder de intervir em casos de suspeita de crime, segundo a empresa. "Eles entram em contato com a central dentro da empresa ou acionam a polícia", diz o grupo, em nota.
Segundo a Polícia Federal, no entanto, não existe a função de observador.
Victor Moriyama-08.jun.13/Folhapress
Segurança de empresa privada atua nas imediações da Faculdade Anhembi Morumbi, no bairro da Mooca
Segurança de empresa privada atua nas imediações da Faculdade Anhembi Morumbi, no bairro da Mooca
A lei permite segurança privada extramuros apenas no transporte de valores, escolta armada de cargas perigosas e escolta de pessoas -o conhecido guarda-costas.
Segundo a PF, nenhum dos três se encaixa no serviço oferecido pelas empresas às escolas da cidade.
A universidade Anhembi-Morumbi não respondeu até a conclusão desta edição.
Já a Haganá diz estar em conformidade com a lei."A Haganá Segurança Patrimonial é uma empresa idônea, certificada pela Polícia Federal, e não presta serviços de segurança extramuros", diz a empresa, em nota.
A Uninove e o colégio Bandeirantes, citados por José Antonio Caetano, diretor da Haganá, afirmam desconhecer que o procedimento seja feito nas redondezas de suas sedes.
"Esse tipo de segurança não faz parte do contrato que temos com eles [Haganá] desde 1997", diz Eduardo Tambor, diretor de planejamento e estratégia do colégio.
De acordo com ele, o sistema de segurança do Bandeirantes tem dez postos fixos nas dependências, além de câmeras de monitoramento instaladas dentro da escola e em seus muros.
A Uninove alegou que os vigilantes ficam apenas dentro de seus campi.
ALVARÁ
O Sesvesp (sindicado das empresas de segurança privada de São Paulo) calcula que existam ao menos 400 empresas de segurança clandestinas no Estado.
A entidade tem em seus quadros cerca de 200 empresas filiadas -os grupos GR e Haganá estão entre elas.
Para prestar o serviço de segurança particular, é preciso ter um alvará de funcionamento expedido pela Polícia Federal, órgão que fiscaliza o setor de vigilância privada.


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