EMPRESAS DE SEGURANÇA GRUPO GR E HAGANA, EXPÕE VIGILANTES EM VIA PUBLICA E DIZEM AGIR DE ACORDO COM A LEI AO ACOMPANHA ALUNOS
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09/06/2013 - 01h45
LEANDRO MACHADO
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
Os grupos de segurança privada Haganá e GR negam que vendam serviço de vigilância particular em áreas públicas da cidade de São Paulo, mesmo após diretores das empresas terem relatado à Folha o procedimento.
O Grupo GR afirma que os funcionários que atuam fora dos prédios são vigias ou observadores e, por isso, não descumprem a lei.
Os seguranças não têm poder de intervir em casos de suspeita de crime, segundo a empresa. "Eles entram em contato com a central dentro da empresa ou acionam a polícia", diz o grupo, em nota.
Segundo a Polícia Federal, no entanto, não existe a função de observador.
Victor Moriyama-08.jun.13/Folhapress | ||
Segurança de empresa privada atua nas imediações da Faculdade Anhembi Morumbi, no bairro da Mooca |
A lei permite segurança privada extramuros apenas no transporte de valores, escolta armada de cargas perigosas e escolta de pessoas -o conhecido guarda-costas.
Segundo a PF, nenhum dos três se encaixa no serviço oferecido pelas empresas às escolas da cidade.
A universidade Anhembi-Morumbi não respondeu até a conclusão desta edição.
Já a Haganá diz estar em conformidade com a lei."A Haganá Segurança Patrimonial é uma empresa idônea, certificada pela Polícia Federal, e não presta serviços de segurança extramuros", diz a empresa, em nota.
A Uninove e o colégio Bandeirantes, citados por José Antonio Caetano, diretor da Haganá, afirmam desconhecer que o procedimento seja feito nas redondezas de suas sedes.
"Esse tipo de segurança não faz parte do contrato que temos com eles [Haganá] desde 1997", diz Eduardo Tambor, diretor de planejamento e estratégia do colégio.
De acordo com ele, o sistema de segurança do Bandeirantes tem dez postos fixos nas dependências, além de câmeras de monitoramento instaladas dentro da escola e em seus muros.
A Uninove alegou que os vigilantes ficam apenas dentro de seus campi.
ALVARÁ
O Sesvesp (sindicado das empresas de segurança privada de São Paulo) calcula que existam ao menos 400 empresas de segurança clandestinas no Estado.
A entidade tem em seus quadros cerca de 200 empresas filiadas -os grupos GR e Haganá estão entre elas.
Para prestar o serviço de segurança particular, é preciso ter um alvará de funcionamento expedido pela Polícia Federal, órgão que fiscaliza o setor de vigilância privada.
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