quarta-feira, 3 de abril de 2013


TERMO DE AUDIÊNCIA

EMPRESA REAK SEGURANÇA E VIGILÂNCIA PATRIMONIAL

INQUÉRITO CIVIL Nº 005593.2012.02.000/9
Investigado: REAK SEGURANÇA E VIGILÂNCIA PATRIMONIAL

            Aos 19 dias do mês de dezembro de 2012, às 13h00, compareceram, perante a Coordenadoria de Primeiro Grau da Procuradoria Regional do Trabalho da Segunda Região, neste ato representada pela Dra. Andréa Albertinase , PROCURADORA DO TRABALHO, a Sra.  HERLANE MARA BENTO, RG Nº 30.619.032-1, para prestar depoimento como testemunha.
            Advertida e compromissada na forma da Lei, às perguntas respondeu que “é funcionária da empresa denunciada, trabalhando como vigilante e também na recepção; que começou a trabalhar na empresa em julho/2012; que trabalha na função de vigilante no posto chamado “CD4 – Pão de Açúcar”, situado na Rodovia Anhanguera; que tem como chefe (”líder”) o Sr. Sérgio; que não tem nenhum vínculo profissional ou contato com o Sr. Valdeci Nonato; que no dia 11/09/2012 se dirigiu à 46ª Delegacia de Polícia e lavrou boletim de ocorrência em face de Valdeci Nonato da Silva, uma vez que no dia 03/09/2012 houve a prática de assédio sexual, relatando os seguintes fatos: que naquele dia 03/09, por volta das 20:00 horas,  o Sr. Valdeci levou a depoente no carro da empresa para o posto/tomador de serviços em Itapevi (empresa em construção); no carro também havia outro vigilante, que foi deixado na cidade de Itapevi e após, o Sr. Valdeci começou a praticar os atos de assédio sexual, parou o carro em lugar ermo, trancou a porta e passou a tecer elogios à depoente, tais como ”você é bonita”; “seus olhos e boca são bonitos”; disse que preferia mulheres gordinas, momento em que a depoente lhe disse que era casada e mãe de dois filhos e que queria respeito; não satisfeito o Sr. Valdeci Nonato começou a passar a mão na sua perna e abriu o uniforme (farda) e a depoente colocou a mão próximo aos seios, evitando contato; o Sr. Valdeci perguntou se poderia beijar a depoente e que ela iria ser promovida caso deixasse ele beijá-la;  tais atos duraram aproximadamente vinte minutos; a depoente passou a ameaçá-la com pedido de demissão caso ela contasse para alguém o ocorrido; o Sr. Valdeci começou a “rodar” com o carro e disse  à depoente que ia até Osasco buscar um funcionário; a depoente ficou com muito medo do que poderia acontencer; ao retronar ao posto CD4 o Sr. Valdeci disse para a depoente ficar calada para não haver maiores consequências; que a depoente comentou o ocorrido com uma colega de trabalho chamada Sandra; que não comentou com seu supervisor/chefe Sérgio porque ficou com medo das ameaças do Sr. Valdeci; que decidiu lavrar o boletim de ocorrência no dia 11/09/2012 uma vez que conversou com as outras funcionárias Sra. Geneci e Islene e elas comentaram que também tinham passado pela mesma situação constrangedora e decidiram juntar ir até a delegacia de polícia; que após a lavratura do boletim de ocorrência a empresa tomou conhecimento das atitudes do Sr. Valdeci e que a empresa aparentemente não tomou nenhuma providência, uma vez que o Sr. Valdeci continua a exercer as mesmas funções; que soube através do líder que o Sr. Valdeci comentou com o mesmo “fala para essa mocinha que o que é dela está guardado”.
            Nada mais, tendo sido o presente termo por mim, Luciana Henmei Yue Cesena Barbosa, Técnico Administrativo, digitado, o qual foi lido pelos presentes que abaixo o subscrevem. Audiência encerrada às 13h50.


Andréa Albertinase
PROCURADORA DO TRABALHO



Herlane Mara Bento
RG Nº ************** 

Nenhum comentário:

Postar um comentário