quarta-feira, 3 de abril de 2013


TERMO DE AUDIÊNCIA

 EMPRESA REAK SEGURANÇA E VIGILÂNCIA PATRIMONIAL



INQUÉRITO CIVIL Nº 005593.2012.02.000/9
Investigado: REAK SEGURANÇA E VIGILÂNCIA PATRIMONIAL

            Aos 19 dias do mês de dezembro de 2012, às 13h50, compareceram, perante a Coordenadoria de Primeiro Grau da Procuradoria Regional do Trabalho da Segunda Região, neste ato representada pela Dra. Andréa Albertinase , PROCURADORA DO TRABALHO, a Sra.  ISLENE PEREIRA MONTEIRO, RG Nº 37.764.098-0, para prestar depoimento como testemunha.
            Advertida e compromissada na forma da Lei, às perguntas respondeu que “trabalhou na empresa de agosto/2012 a outubro/2012; que trabalhava inicialmente como vigilante no posto chamado “Centro de Distribuição 1 – Pão de Açúcar”, situado na Rodovia Anhanguera; que depois foi transferida  para a base da empresa, localizada no bairro Belenzinho, zona leste, tendo sido dado como explicação problemas relacionados a um furto no CD1 – Pão de Açúcar; porém, ficou comprovado que a depoente não tinha absolutamente nada em relação ao furto ocorrido no CD1; a depoente pediu demissão uma vez que a base “Belenzinho” situa-se muito longe da sua casa, localizada em Osasco; que hoje a depoente trabalha na empresa Albatroz; que conheceu a denunciante, Sra. Geneci, no trabalho, não havendo relação de amizade; que tinha como chefe (”líder”) o Sr. Marco Antônio e como supervisor o Sr. Márcio e que o Sr. Valdeci era substituto do Sr. Márcio; o Sr. Valdeci assediou várias vezess a depoente, porém nunca com contato físico; que por reiteradas vezes as cantadas foram realizadas através do aparelho Nextel, telefone e, algumas vezes, pessoalmente, principalmente quando a depoente estava sozinha; que através das chamadas Nextel o Sr. Valdeci solicitava que a depoente colocasse o aparelho em off para que ninguém mais ouvisse as palavras proferidas; porém a depoente sempre deixava em viva voz; que ele proferia palavras tais como que “gostava de mulheres magrinhas”; que “eu parecia uma boneca”; que “eu era gostosa”; que “tinha o bumbum redondo”; que “ficava excitado só em pensar em me beijar”; que “gostava dos meus seios” e outras palavras de cunho obsceno e agressivo; em algumas dessas vezes tais chamadas via Nextel foama ouvidas pelo líder da depoente Sr. Marco Antônio e pelos empregados Lusivaldo e Margarida (ainda continua trabalhando na empresa); que o Sr. Marco Antônio (líder) tentava substituir os postos de trabalho da empresa para evitar os contatos com o Sr. Valdeci;  que a depoente tomou conhecimento que por uma vez o Sr. Valdeci solicitou ao Sr. Marco Antônio para levar a depoente em outro posto de trabalho, sendo vedado pelo Sr. Marco Antônio porque ele já tinha conhecimento das cantadas do Sr. Valdeci e ficou com medo de que algo acontecesse è depoente; que ficou sabendo através do Sr. Marco Antônio (líder da depoente) que o Sr. Valdeci dizia para outras pessoas “tirar o olho da Islene porque ela já tinha dono”; a depoente entendia que não corria muito risco de contato físico pois seu esposo ia levá-la e buscá-la todos os dias; que o Sr. Marco Antônio não trabalha mais na empresa; que tomou conhecimento de que tais fatos praticados pelo Sr. Valdeci também atingiram outras empregadas através do líder Marco Antônio e saupervisor Márcio e então decidiu lavrar boletim de ocorrênca; que teve conhecimento de que o Sr. Valdeci ficou proibido de adentrar nos Centros de Distribuição do Grupo Pão de Açúcar, uma vez que soube dos fatos praticados pelo Sr. Valdeci; a depoente tomou conhecimento de que o Sr. Valdeci é o atual  supervisor e que está obrigado pela empresa a permanecer somente na base, localizada no Belenzinho.
            Nada mais, tendo sido o presente termo por mim, Luciana Henmei Yue Cesena Barbosa, Técnico Administrativo, digitado, o qual foi lido pelos presentes que abaixo o subscrevem. Audiência encerrada às 14h25.

Andréa Albertinase
PROCURADORA DO TRABALHO


ISLENE PEREIRA MONTEIRO
RG Nº ***************

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