quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013


GREVE DE VIGILANTE NO AMAZONAS  





EM 13/02/2013 10h53 - Atualizado em 13/02/2013 10h55



Categoria reivindica o pagamento de 30% de periculosidade previsto em lei.

Agências bancárias estão entre as principais instituições prejudicadas.


Os vigilantes de Manaus entraram em greve nesta quarta-feira (13). Os trabalhadores ameaçavam suspender os serviços desde o dia 1º de fevereiro quando realizaram uma paralisação. Nove mil funcionários cruzaram os braços nesta manhã e as agências bancárias estão entre as principais instituições prejudicadas.

As reivindicações do sindicato envolvem o pagamento do valor que completa os 30% de periculosidade previsto na Lei 12.740/2012 para trabalhadores que se expõem a roubos ou outras espécies de violência física durante a atividade profissional. Atualmente, é pago o adicional de risco assegurado por convenção coletiva. No entanto, conforme o Sindicato dos Vigilantes do Amazonas (Sindevam), há ainda 10% do dinheiro que não está sendo repassado para a classe.


A negociação já dura dois meses. Segundo os vigilantes, a categoria tenta negociações desde o dia 18 de dezembro. "Disseram que iam pagar, mas agora só querem fazer o repasse depois. É o nosso direito", ressaltou Valderli da Cunha, presidente do Sindevam. O valor é acrescentado ao salário base que é de R$ 782, em Manaus. Cerca de 30% dos funcionários devem continuar atuando nas instituições durante a greve.



Entre as instituições que os trabalhadores da vigilância atuam estão bancos, escolas, hospitais, universidades, indústrias e órgãos públicos. "O vigilante morre, muitas vezes, em combate com um assaltante para defender o patrimônio que nem é dele. Somos as maiores vítimas da marginalidade de Manaus", ressaltou Cunha. A categoria está concentrada na Praça Heliodoro Balbi (Praça da Polícia), no Centro de Manaus, até o meio-dia.

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Em nota, o Sindicato das Empresas de Vigilância e Segurança Privada do Amazonas (Sindesp-AM) afirmou ter apresentado proposta de pagamento do valor requerido à classe trabalhista no mês de abril. No entanto, conforme o Sindesp-AM, não houve aceitação dos vigilantes para o recebimento dos valores neste período.
O sindicato patronal classificou a greve como um movimento político. "O movimento perdeu o objetivo principal de defender os interesses dos trabalhadores", disseram em nota. As empresas devem ainda utilizar mão de obra reserva para tentar minimizar os impactos causados pela greve, principalmente, no funcionamento dos bancos. Na tarde desta quarta, o Sindesp-AM realiza uma entrevista coletiva de imprensa para prestar esclarecimentos sobre a greve e fazer um balanço sobre os eventuais prejuízos em razão do movimento.


A greve da categoria dos vigilantes ocorre em paralelo com o movimento do Espírito Santo e Paraná. No último dia cinco, os trabalhadores de vigilância do Mato Grosso do Sul suspenderam a movimento grevista.

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