MORTES EM BANCOS AUMENTAM QUASE 150%

Estado de São Paulo lidera ranking dos assaltos seguidos de morte, com 32,7% das ocorrências em 2012

Ao menos 57 pessoas, a maioria cliente, foram mortas em assaltos envolvendo bancos em 2012 no país, média de cinco por mês, segundo pesquisa divulgada ontem pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro). O aumento foi de 16,3% em relação a 2011, quando houve 49 mortes, e 147,8% maior do que em 2010, que encerrou com 23 vítimas.

São Paulo foi mais uma vez foi o estado com o maior número de casos, com 15 mortes (26% do total). Em seguida vêm Bahia (8) e Rio de Janeiro (7).

As chamadas saidinhas de banco, roubos sofridos após um saque, também continuam liderando o ranking. Foram 30 mortes em 2012 (53%), duas a menos do que no ano anterior. “A maioria desse tipo de crime poderia ser evitada se os bancos tivessem divisórias e biombos nos caixas para aumentar a segurança dos clientes”, afirma o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

Para ele, os bancos precisam aumentar o investimento em segurança e copiar o modelo aplicado nos aeroportos, com equipamentos mais modernos, pessoal mais bem treinado e  divulgação das medidas de segurança junto aos clientes.

O presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes, José Boaventura Santos, também cobra medidas mais firmes. “Os bancos não priorizam a vida das pessoas, pois gastam muito pouco com a segurança em comparação com os seus lucros astronômicos”, critica.      

idade / O levantamento revela pela primeira vez a faixa etária das vítimas: 11 (9,3%) tinham entre 41 e 50 anos;  nove (16%), de 31 a 40 anos;   nove (16%) até 30 anos e seis (11%) mais de 60.