sexta-feira, 11 de janeiro de 2013


Vigilantes do Paraná farão paralisação por pagamento de adicional

Paralisação começa segunda-feira e dura 48h, mas se o impasse sobre o benefício não for resolvido, os vigilantes de bancos podem entrar em greve geral a partir do dia 1º
Em assembleia realizada na noite desta quinta-feira (10), os vigilantes que fazem segurança dos bancos no Paraná confirmaram que farão uma paralisação de 48 horas a partir desta segunda-feira (14) e, se o impasse sobre o pagamento de um benefício extra de 30% no salário não for resolvido, entrarão em greve geral a partir do dia 1º de fevereiro.
Segundo o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, João Soares, a decisão pela paralisação foi tomada diante da negativa das empresas em pagar o adicional ao salário para compensar os riscos envolvidos na profissão, conforme previsto em Lei Federal publicada no último dia 10 de dezembro. “Representantes das empresas foram até o sindicato e informaram que não vão negociar, o que revoltou os trabalhadores”, afirma.
No Paraná, as empresas já fazem um pagamento de 15,5% além dos salários como adicional de periculosidade, mas a Lei Federal 12.740 de 2012 prevê que as empresas paguem uma compensação de 30% além do salário. Ou seja, para cumprir a norma, elas precisam fazer um incremento de 14,5% no bônus.
O piso salarial dos vigilantes do estado é de R$ 1.140. Com a nova lei, o adicional de periculosidade fica em torno de R$ 340. Segundo o sindicato dos vigilantes, a quitação do novo benefício deveria ter sido feita pela primeira vez neste início de janeiro, o que não ocorreu. “Os bancos vão ficar sem segurança e, sem segurança, eles não podem abrir”, avisa o presidente do sindicato.
Outro lado
Procurada pela reportagem, a assessoria do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Paraná (Sindesp-PR) informou que ainda não tinha conhecimento do resultado da assembleia, mas que mantém a mesma posição. Em nota enviada anteriormente, o Sindesp-PR afirma que segue as orientações Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist).
A entidade relata que “o pagamento de ‘adicional de periculosidade’ ao trabalhador exposto a ‘roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais’ só acontecerá após a efetiva ‘regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego’, como previsto na mencionada Lei”.
Negociação salarial
Durante a assembleia, os vigilantes também discutiram o reajuste salarial deste ano, já que a data-base da classe ocorre no mês de fevereiro de cada ano. Em 2013, o sindicato tem uma proposta de reajuste da inflação, aumento no vale-refeição e ganho real de 5%. Conforme a assessoria do sindicato dos vigilantes, as empresas ainda não apresentaram contraproposta a esse reajuste.

Um comentário:

  1. E isso que acontece quando uma categoria tem um sindicato de base cuja diretora funciona.

    Se não pagar o que é de direito dos trabalhadores- GREVE SIM!!!!!

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