quarta-feira, 6 de março de 2013

clubofmozambique(2011-05-03
Cinco agentes da Força de Intervenção Rápida foram considerados culpados pelos actos de violência contra os 24 trabalhadores da G4S que se manifestavam contra irregularidades cometidas pela entidade patronal.

No conjunto das anomalias figurava os salários em atraso, o não pagamento das horas extras e desrespeito do horário de trabalho estabelecido na legislação em vigor no país. Faziam ainda parte das reclamações, alegados descontos arbitrários a que os vigilantes eram alvos, o direito ao 13º salário e a ocorrência de casos de racismo protagonizados por alguns elementos da direcção da G4S, uma das maiores empresas privadas de segurança.

De acordo com o porta-voz do Comando-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Pedro Cossa, este é o resultado das investigações que estavam a ser efectuadas pela Comissão de Inquérito, constituída pelos ministérios do Interior, Justiça e do Trabalho, criada para apurar o grau de responsabilidade dos polícias naquele acto.

Cossa não se referiu à medida que será tomada contra os culpados, indicando apenas que os resultados do inquérito concluíram ter havido excesso no uso da força por parte dos agentes da FIR, enviados para repor a ordem no local das manifestações.

Dos doze agentes, a Comissão de Inquérito considerou que cinco torturaram os trabalhadores da empresa G4S, incorrendo em processo-crime.

“Os agentes estão agora a responder individualmente, sendo por isso que poderemos ter mais resultados. Correm processos disciplinares, mas poderão correr processos criminais contra os agentes que tiveram maior intervenção naqueles actos”, explicou Cossa.

O pelotão da FIR, composto por doze agentes, foi enviado para as instalações da G4S, na Avenida do Trabalho, no sentido de repor a ordem e controlar os ânimos de pouco mais de cem trabalhadores que reivindicavam uma série de irregularidades protagonizadas pela entidade patronal.

Durante as manifestações, os vigilantes vandalizaram as infra-estruturas e equipamentos da G4S e queimaram pneus e outros materiais, actos que só terminaram com a fuga, para parte incerta, dos elementos da direcção da G4S que, na circunstância, se encontravam naquelas instalações.

(fonte: jornal noticias)

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